Dresch criticou Pinho Moreira por responsabilizar PT por bloqueios em rodovia
O deputado estadual Dirceu Dresch, líder da Bancada do PT na Alesc, disse, na sessão plenária da manhã desta quarta-feira (30), que o governador Eduardo Pinho Moreira foi irresponsável ao tentar, nos meios de comunicação, atribuir o bloqueio das rodovias ao Partido dos Trabalhadores. Segundo Dresch, o governador quer politizar a questão, mas na verdade foi o presidente Michel Temer, do seu partido (MDB), que não teve competência para dialogar com o movimento dos caminhoneiros e com a população e deixou a situação se agravar. “Aliás, também foi o seu partido, em Santa Catarina, o primeiro do Brasil a pedir a saída da presidente Dilma Roussef.”
Segundo o deputado, os governos petistas construíram com muito sucesso uma estratégia nacional soberana de investimento em pesquisas na Petrobras e para segurar os preços dos combustíveis para que não impactassem na inflação e corroessem o salário do trabalhador. Para Dresch, as grandes petroleiras e os EUA estavam por trás do golpe de 2016, porque o PT coordenava o debate da lei da partilha e do controle do Brasil sobre o petróleo e o pré-sal.
Dresch comentou que o PT foi o primeiro a sofrer com o movimento contra partidos no Brasil, mas que depois atingiu a todos “inclusive o de Pinho Moreira (MDB) e do seu presidente”, respondeu ao governador. “Tem uma paralisação dos petroleiros em curso, sim, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que começou hoje, mas querer trazer a responsabilidade das atuais manifestações e obstruções para o PT é querer incendiar ainda mais a sociedade contra nós.”
Segundo o deputado, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, foi um dos responsáveis por este desastre e pela entrega de quase a metade da Petrobras para os acionistas internacionais. Esta política atrasada e equivocada voltou com tudo após o golpe. Deixou 40% das nossas refinarias ociosas, que poderiam estar produzindo o nosso combustível, e provocou a importação com altos preços e em dólar. Por isso que os caminhoneiros autônomos e a sociedade brasileira não estão satisfeitas. Parente tem que sair e esta política mudar”, defendeu.